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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Carlos Drummond de Andrade: Tributo a Chaplin


Chaplin em Luzes da Cidade, cena inesquecível

Drummond no ano da publicação do poema


Publicado em 1945, no volume A Rosa do Povo, este longo poema de Carlos Drummond de Andrade é um dos mais belos e comoventes tributos a Charles Chaplin, gênio inquestionável do Cinema.

De fato, quem poderia esquecer do ator Chaplin, que deu vida a Carlitos, o vagabundo generoso, um dos mais ricos personagens que a Sétima Arte já criou? Após ele, qual cineasta deixaria de render homenagem ao seu legado? Recordemos O Garoto, Em Busca do Ouro, O Circo, Tempos Modernos e o imprescindível Luzes da Cidade, que é a obra-prima absoluta. Em todos esses títulos, o diretor e roteirista Chaplin elaborou uma linguagem universal contendo toda gama de emoções e pensamentos, utilizando-se apenas de expressão fisionômica e gestos. Na verdade, "apenas" não é a palavra correta, pois Cinema é imagem e movimento. E, neste sentido, como não admirar o Chaplin coreógrafo? O compositor Debussy, outro gênio, crítico severo que não engolia qualquer coisa, ao encontrar com Chaplin, disse-lhe que os movimentos de Carlitos eram dança, ballet, pura arte de um bailarino nato. E quem deixaria de valorizar também o Chaplin compositor, que nos deixou belas trilhas, entre elas a inesquecível Luzes da Ribalta?


Sim, acredito que as homenagens, por mais mais vastas que sejam, ainda não alcançam com justiça esse artista multifacetado.

A sólida arte literária de Drummond nos encanta pela sinceridade e riqueza de metáforas. Lendo este poema, aqueles que conhecem a obra de Chaplin, o genial ator-cineasta, vão se emocionar com a viagem nostálgica, pois o poeta menciona trechos importantes de vários filmes.

Sem mais delongas, ei-lo: