
As Lamentações, geralmente atribuídas ao profeta Jeremias, são cinco poemas elegíacos, talvez escritos no período da destruição de Jerusalém por Nabucodonosor, no século VI a.C. Comentam a triste condição de Israel: o templo em ruínas e a escravidão, porque o próprio povo tornara-se infiel à Aliança com Deus.
De forma que judeus e cristãos utilizam hoje as Lamentações de Jeremias em momentos litúrgicos de pesar, relembrando fatos de importância da História: os judeus, nos dias de jejum, sofrendo em memória da Jerusalém destruída; os cristãos, na Semana Santa, quando reconstituem a dor de Cristo no Horto das Oliveiras e no martírio do Calvário.
De forma que judeus e cristãos utilizam hoje as Lamentações de Jeremias em momentos litúrgicos de pesar, relembrando fatos de importância da História: os judeus, nos dias de jejum, sofrendo em memória da Jerusalém destruída; os cristãos, na Semana Santa, quando reconstituem a dor de Cristo no Horto das Oliveiras e no martírio do Calvário.
Lassus: Hieremiae prophetae Lamentationes
Palestrina: Lamentationes Ieremiae prophetae
Palestrina: Lamentationes Ieremiae prophetae
Victoria: Tenebrae Responsories
A profundidade dramática dessas três obras-primas continua mais viva do que nunca. São apresentadas frequentemente durante a Semana Santa nos mais variados templos cristãos. É música sublime, capaz de comover até as pedras. Não há outra definição mais exata.
De genialidade incontestável, Lassus, Palestrina e Victoria continuam os maiores compositores da Renascença (incluiria William Byrd nesta plêiade). Suas obras foram escritas há quase 500 anos , mas a beleza que há nelas vive, e exerce fascínio até os dias atuais. Pela elaboração artística e pelo conteúdo humano está no mesmo nível da música de Monteverdi, Bach, Handel, Haydn, Mozart e Beethoven.
De genialidade incontestável, Lassus, Palestrina e Victoria continuam os maiores compositores da Renascença (incluiria William Byrd nesta plêiade). Suas obras foram escritas há quase 500 anos , mas a beleza que há nelas vive, e exerce fascínio até os dias atuais. Pela elaboração artística e pelo conteúdo humano está no mesmo nível da música de Monteverdi, Bach, Handel, Haydn, Mozart e Beethoven.
Para este breve comentário, tomo de empréstimo as palavras do grande crítico literário Otto Maria Carpeaux, que também foi historiador musical. Escreveu apenas um livro sobre o assunto : Uma Nova História da Música, facilmente disponível em publicação popular da Ediouro. É um excelente e valioso "resumo" sobre a música do Ocidente, indispensável na estante dos estudiosos do tema.