quinta-feira, 2 de julho de 2009

Hermann Hesse: Poemas Escolhidos


"A cada chamado da vida o coração
deve estar pronto para a despedida e para
novo começo, com ânimo e sem lamúrias,
aberto sempre para novos compromissos.
Dentro de cada começar mora um encanto
que nos dá forças e nos ajuda a viver."


 Foto: ano de 1920. 
Hesse caminhando pela região da aldeia de Montagnola, 
no Ticino, época em que iniciava o romance Sidarta.



Comemora-se hoje o nascimento do grande escritor Hermann Hesse. Ano de 1877, em Calw, pequena cidade do estado de Württemberg, sul da Alemanha.

No início do século, Peter Camenzind (1904), primeiro romance do autor, fez grande sucesso na Alemanha, devido ao tom lírico da obra. O realismo e o excessivo naturalismo imperavam na época e saturavam pelo estilo seco. A narrativa de Hesse, evocando a atmosfera bucólica de montanhas e pequenas cidades, fez reviver um passado medieval e romântico, tão caro aos alemães. Foi uma novidade, o que resultou em fenômeno de vendas. Em 1906 publicou o segundo romance Sobre as Rodas. Este não repetiu o sucesso do primeiro. Em Peter Camenzind o personagem central era um poeta. Talvez por isso, pelo tema ter agradado tanto os leitores, escreveu mais dois romances sobre artistas: Gertrude (1910) ambientado no mundo da música, e Rosshalde (1914), sobre um pintor.  Dos três o último é o melhor realizado, enquanto obra de ficção, embora tenha nítidos traços autobiográficos. Na época Hesse vivia os mesmos problemas familiares. Criador e personagem, artistas bem sucedidos, porém fechados em si mesmo. Ambos perdem-se da esposa devido à incomunicabilidade humana. Diga-se de passagem, estas obras receberam o aplauso dos leitores e estabilizaram a vida financeira do autor.

A ficção neo-romântica de Hesse mudou radicalmente no confronto espiritual com a guerra de 1914. Com pseudônimo, em 1917, publicou Demien, que foi um marco para a geração do pós-guerra. E ainda hoje é visto como o mais significativo romance do movimento expressionista. Além do valor artístico e histórico, a obra é também considerada a maior contribuição de Hermann Hesse à literatura, pois nessa data foi introduzida pela primeira vez o tema da psicanálise, ciência surgida de Freud e ampliada por Jung. Em 1922 apareceu Sidarta, romance-poema, uma das obras mais amadas de Hesse, pela sabedoria oriental que soube tão bem adaptar aos problemas existenciais de cada um. Mas a maior contribuição do autor à literatura propriamente dita, e que o tornou conhecido no mundo todo, foi o sétimo romance O Lobo da Estepe, de 1927, obra experimental, considerada por muitos como obra-prima do mesmo valor de romances inovadores do período entre-guerras: Em Busca do Tempo Perdido de Proust; Ulisses de Joyce; O Processo de Kafka; A Montanha Mágica de Mann; Os Moedeiros Falsos de Gide; e O Som e a Fúria de Faulkner. Assim é O Lobo da Estepe: trata-se de obra completamente diferente das anteriores, tanto pelo tom seco e amargo, como pela técnica literária labiríntica. E chega a ser profética, pois antevê os horrores da segunda guerra, que eclodiria na década seguinte. Em 1930 é publicado Narciso e Goldmund, outro grande romance que também utiliza a psicanálise de maneira rica e profunda, além de vários recursos e temas de obras anteriores: transcorre em um passado distante, talvez medieval, e o personagem também é artista, um escultor.

Por fim, após 12 anos, em 1943 publica o nono romance O Jogo das Contas de Vidro, muito mais extenso do que todos os outros e muito mais elaborado. Desta vez, a história se passa em um país hipotético de um futuro distante. A obra é magistral, várias vezes comparada ao Wilhelm Meister de Goethe. Trata-se do último romance de Hesse. Ao menos, no campo da Ficção é o seu Testamento literário. O autor ainda viveu 20 anos após o lançamento. Publicou outros gêneros, mas nenhum outro romance.

Os leitores e a crítica se dividem, quando tentam destacar dentre esses nove romances o maior de Hermann Hesse. Metade diz que é O Lobo da Estepe; a outra, afirma categoricamente que é O Jogo das Contas de Vidro. Em verdade, é uma tarefa difícil. E não há necessidade de confronto, pois obra artística não é nenhum competidor almejando a primeira posição do pódio. Cada leitor escolhe aquela com a qual mais se identifica. Para mim, a maior obra de Hesse não é nenhuma das duas mencionadas. Escolho Sidarta, que tem sido, desde a adolescência, um de meus guias espirituais imprescindíveis. Sinto uma enorme gratidão pelo autor por ter escrito essa dádiva de sabedoria. Aprecio também, particularmente, a forma como foi escrito: não deixa de ser um romance, mas é sobretudo um poema em prosa; utiliza a cadência e a sonoridade sensual da poesia hindu, atingindo em alguns pontos a mística dos hinos védicos, tudo isso somado às características dos líricos alemães, Eichendorff e Mörike, que Hesse tanto amava.
 
No contexto, devemos ainda mencionar algumas narrativas curtas no gênero da ficção: as novelas ‘Knulp’ (1915) e ‘Viagem ao Oriente’ (1932), e os maravilhosos contos ‘Na Velha Estalagem do Sol’, ‘Bela é a Juventude’, ‘Augusto’, ‘Iris’, ‘O Poeta’, ‘Sonho de uma Flauta’ e ‘Encarnação Hindu’, este último inserido em O Jogo das Contas de Vidro. Na área da não-ficção há os 3 ensaios de Olhar sobre o Caos (1923), tão admirados por T. S. Eliot, e os artigos pacifistas coletados em Sobre a Guerra e a Paz (1946), de valor histórico. E, por fim, recordo-me daquelas pequenas obras que Hesse publicou ao longo  da vida, contendo prosa intimista e versos ilustrados com suas próprias aquarelas expressionistas. Caminhada (1920) é um desses pequenos grandes livros, talvez o mais encantador, o mais amado pelos leitores da obra hessiana.

Hesse tornou-se famoso mundialmente como romancista e contista. Contudo, e é fato curioso, apesar da importância da prosa de ficção, não foram os romances e sim a poesia que escreveu durante a vida toda, paralelamente à prosa, que lhe concedeu o grande Prêmio Nobel de Literatura. Os organizadores da Academia Sueca preferiram premiar o autor pelo livro As Poesias de 1942, que é o conjunto de todos os poemas escritos, desde 1898 até aquela data, porque reconheceram que a obra poética do autor alemão “é atemporal e sobreviverá à ficção”.

É opinião deles. A maioria dos críticos não concorda. Sem dúvida, a poesia de Hesse é muito bela e sensível, mas é a parte mais tradicional de sua obra. Seria um epígono se não tivesse personalidade. Salvo em algumas ocasiões, nos versos escritos durante as crises existenciais, toda a lírica hessiana é um eco do romantismo de meados do século anterior a ele. Nesse sentido, o autor é mesmo o legítimo herdeiro dos grandes poetas românticos do século XIX: Joseph Einchendorff e Edouard Mörike.

A poesia de Hermann Hesse é muito conhecida nos países de língua alemã. O autor, enquanto poeta, é considerado 'clássico' e seus versos fazem parte, há tempos, dos currículos escolares da Alemanha. No entanto, apenas alguns poemas aparecem com frequência em antologias européias e mundiais.

Como homenagem a esse grande escritor, que jamais será esquecido, tanto pela ficção quanto pela poesia, transcrevo aqui alguns de meus poemas preferidos. Em honra à sua memória, escolho a poesia, porque Hermann Hesse se considerava antes de tudo um poeta, um lírico alemão. Ele mesmo, na idade de 14 anos, disse: “Serei poeta ou nada.” E completou, na velhice: “Escrevo romances e contos por ocasião; poeta sou, por vocação.” O grande Thomas Mann, que considero o maior escritor do século XX, amigo de Hesse, gostava de compará-lo a um 'rouxinol suábio' pela delicadeza musical de seus textos. Tinha toda a razão.

E, da mesma forma, somos imensamente gratos ao poeta brasileiro Geir Campos que traduziu esses versos, captando com mestria o ritmo e a essência lírica de Hesse.



Sorte

Enquanto vives perseguindo a sorte,
não estás pronto para ser feliz,
ainda que seja teu o que mais queres.

Enquanto te lamentas do perdido,
e tens metas e não te dás descanso,
não podes saber o valor da paz.

Só quando a todo anelo renuncias,
sem objetivos nem desejos mais,
e já não dás à sorte qualquer nome,

já a maré dos eventos não te atinge
o coração, e se acalma tua alma.

(em “No Caminho”, 1911)

Ramo em Flor

Para cá e para lá
sempre se inclina ao vento o ramo em flor,
para cima e para baixo
sempre meu coração vai feito uma criança
entre claros e nebulosos dias,
entre ambições e renúncias.
Até que as flores se espalham
e o ramo se enche de frutos,
até que o coração farto de infância
alcança a paz
e confessa: de muito agrado e não perdida
foi a inquieta jogada da vida.

(em “Música da Solidão”, 1915)

A Meu Irmão

Quando revemos nossa casa, agora,
andamos encantados pelos cômodos,
ficamos longo tempo no jardim
onde – meninos levados – brincávamos.

E de todos os outros esplendores
que pelo mundo afora conquistamos,
nenhum mais nos alegra nem agrada
quando o sino da igreja faz-se ouvir.

Calados repisamos velhas trilhas
cruzando o verde terreno da infância:
e elas no coração tornam-se vivas,
grandes e estranhas, como um belo conto.

Mas tudo o que estaria à nossa espera
já não há de ter mais o puro brilho
de outrora – quando, ainda rapazolas
no jardim caçávamos borboletas.

(em “Música da Solidão”, 1915)

A Noite

Rescende a flor na várzea,
longínqua flor da infância
que só de raro em raro ao sonhador
abre o velado cálice
e deixa ver – cópia do sol – seu interior.
Por cima das cordilheiras azuis
cega a noite vagueia
puxando sobre o seio a veste escura:
sorrindo esparze a esmo
sua dádiva – o sonho.
Curtidos pelo dia, em baixo dormem
os homens: têm os olhos
cheios de sonhos,
alguns viram o rosto suspirando
para as flores da infância
cujo aroma os atrai de leve na penumbra,
e ao severo chamado paternal do dia
confortados se alheiam.
Para o exausto, é um alívio
refugiar-se nos braços da mãe
que os cabelos do sonhador alisa
com mãos despreocupadas.
Somos crianças, logo nos fatiga o sol
- ainda que seja para nós destino e futuro sagrado –
e tombamos a cada anoitecer
pequeninos de novo no regaço da mãe,
balbuciamos palavras da infância,
palpamos o caminho do regresso às origens.
Também o pesquisador solitário
que para o vôo ao sol se propusera
vacila, também ele, à meia-noite
voltado para o ponto de partida longe.
E o que dorme, quando um pesadelo o desperta,
confusa a alma, pressente no escuro
a hesitante verdade:
toda corrida, para o sol ou para a noite,
conduz à morte, leva a novo nascimento,
dores que a alma receia.
Mas seguem todos o mesmo caminho:
todos morrem e tornam a nascer,
porque a eterna mãe
devolve-os eternamente ao dia.

(em “Poesias Escolhidas", 1921)

Sonhando Contigo

Às vezes quando me deito
e meus olhos se fecham,
com a chuva batendo na cornija
os seus dedos molhados,
tu vens a mim,
esguia corça hesitante,
dos territórios do sonho.
Então andamos ou nadamos ou voamos
por entre bosques, rios, bandos de animais,
estrelas e nuvens com tintas de arco-íris:
tu e eu, a caminho da terra de origem,
rodeados de mil formas e imagens do mundo,
ora na neve, ora ao fogo do sol,
ora afastados, ora muito juntos
e de mãos dadas.

Pela manhã o sono se dissipa,
afunda dentro de mim,
está em mim e já não é mais meu:
começo o dia calado, descontente e irritadiço,
porém algures continuamos a andar,
tu e eu, rodeados de coleções de imagens,
a interrogar-nos entre os encantos da vida
que nos embroma sem saber mentir.

(em “Consolo da Noite”, 1929)

Ao Poeta Indiano Bhartrihari

Igual a ti, ancestre e irmão, também vou eu
entre o espírito e o instinto, em zigue-zague:
hoje sábio, doido amanhã, hoje de todo
entregue a Deus, amanhã ao ardor da carne.
Com ambos os açoites vou me flagelando
em sangue os costados: volúpia e penitência
- monge ou estróina, pensador ou bestial.
A culpa do existir em mim pede perdão.
Hei de pagar pecados em ambos caminhos,
em ambos fogos ardendo me aniquilar.

Os que me veneravam ontem como santo,
hoje em mim vêem um perdido libertino;
os que comigo chafurdavam na sarjeta
ontem, hoje me vêem jejuar e orar;
e todos cospem de lado e fogem de mim
- o amante falso, sem decoro e dignidade.
Em minha coroa de espinhos eu também
trago, entre as rosas rubras, a flor do desdém.

Hipócrita palmilho um mundo de aparências,
malquisto por vós e por mim, para as crianças
um monstro – e sei que qualquer ação, vossa ou minha,
perante Deus pesa menos que o pó ao vento.
E sei mais: nesta senda inglória de pecado
me sopra o bafo de Deus e eu devo agüentá-lo,
devo abusar – cada vez mais culpado, no êxtase
do prazer ou na proscrição dos meus malfeitos.
Qual o sentido desta agitação, não sei:
com as imundas e perversas mãos esfrego
o pó e o sangue do meu rosto – e bem ou mal
este caminho hei de levar até o final.

(em “Consolo da Noite”, 1929)

No Castelo de Bremgarten

Quem um dia plantou os velhos castanheiros,
quem um dia bebeu a água a esguichar da fonte,
quem um dia dançou no salão enfeitado
- foram-se todos, esquecidos e enterrados.

Hoje é a nossa vez: para nós brilha o dia
e cantam para nós alegres passarinhos,
sentamo-nos à mesa e sob a luz das velas
brindamos ao dia que é para nós eterno.

Quando nos formos e estivermos esquecidos,
nas árvores altas ainda se há de escutar
o gorjeio do melro e o cântico do vento,
e lá em baixo entre as pedras o rio a espumar.

No vestíbulo, na hora do grito noturno
do pavão, hão de estar aqui outras pessoas:
falarão, louvarão a maravilha da hora,
embandeirados barcos estarão passando,
e o eterno presente há de rir como agora.

(em “Novas Poesias”, 1937)

Andares

Como emurchece toda flor, e toda idade
juvenil cede à senil – cada andar da vida
floresce, qual a sabedoria e a virtude,
a seu tempo, e não há de durar para sempre.

A cada chamado da vida o coração
deve estar pronto para a despedida e para
novo começo, com ânimo e sem lamúrias,
aberto sempre para novos compromissos.
Dentro de cada começar mora um encanto
que nos dá forças e nos ajuda a viver.

Devemos ir contentes, de um lugar a outro,
sem apegar-nos a nenhum como a uma pátria:
não nos quer atados, o espírito do mundo
- quer que cresçamos, subindo andar por andar.
Mal a um tipo de vida nos acomodamos
e habituamos, cerca-nos o abatimento.

Só quem se dispõe a partir e a ir em frente
pode escapar à rotina paralisante.
É bem possível que a hora da morte ainda
de novos planos ponha-nos na direção:
para nós, não tem fim o chamado da vida...
Saúda, pois, e despede-te, coração!

(em “Andares”, 1961)

Rabisco na Areia

Que encantamento e beleza
sejam brisa e calafrio,
que o delicioso e bom
tenha escassa duração
- fogo de artifício, flor,
nuvem, bolha de sabão,
riso de criança, olhar
de mulher no espelho, e tantas
outras coisas fabulosas
que, mal se descobrem, somem –
disso, com pena, sabemos.
Ao que é permanente e fixo
não queremos tanto bem:
gemas de gélido fogo,
ouros de pesado brilho,
por não falar nas estrelas
que tão altas não parecem
transitórias como nós
e não calam fundo na alma.
Não: parece que o melhor,
mais digno de amor, se inclina
para o fim, beirando a morte,
e o que mais encanta – notas
de música, que ao nascerem
já fogem, se desvanecem –
são brisas, são águas, caças
feridas de leve mágoa,
que nem pelo tempo de uma
batida de coração
deixam-se reter, prender.
Som após som, mal se tocam,
já se esvaem, vão-se embora.
Nosso coração assim
leal e fraternalmente
se entrega ao fugaz, ao vivo,
não ao seguro e durável.
Cansa-nos o permanente
- rochas, mundo estelar, jóias –
a nós, transmutantes, almas
de ar e bolhas de sabão,
cingidos ao tempo, efêmeros
a quem o orvalho na rosa,
o idílio de um passarinho,
o fim de um painel de nuvens,
fulgor de neve, arco-íris,
borboleta que esvoaça,
eco de riso que só
de passagem nos alcança,
pode valer uma festa
ou razão de dor. Amamos
o que é semelhante a nós,
e entendemos os rabiscos
que o vento deixa na areia.

(em “Andares”, 1961)


Foto acima, ano de 1920, Hesse caminhando na região da
aldeia de Montagnola, no Ticino, período em que escrevia
Sidarta.

Abaixo, em 1927, ano da publicação de O Lobo da Estepe.

















Hermann Hesse (1877-1962)

11 comentários:

Anônimo disse...

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MO disse...

Caro Ailton,

Lendo seu texto, fiquei apenas com uma dúvida:

Knulp e Caminhada, de Hesse, não seriam também romances?

Um abraço,

Marcelo

Ailton Rocha disse...

Oi, Marcelo

"Knulp" é uma novela formada por 3 contos. Juntos formam uma estória, pois o personagem é o mesmo, porém cada narrativa pode ser lida como texto independente, com vida própria. Já os textos de "Caminhada" são notas de viagem ou prosa poética intercalada com poesia em versos.

Ambos não possuem estrutura de romance, gênero geralmente mais longo e constituído de micro-células dramáticas que vão se juntando para o desfecho.

O próprio Hesse chamou o seu Knulp de "erzhälung".

Muitos editores americanos traduzem como "novel" o termo alemão "erzhälung" (que significa conto ou novela literária) que difere de "märch" (conto de fada ou narrativa com teor fantástico). Daí vem a confusão, pois quando "novel" é traduzida aqui no Brasil passa a ser "romance". Cada país possui uma nomenclatura própria para designar os gêneros literários.

A sua dúvida não é infundada. Aliás, a classificação de romance, novela e conto é uma eterna discussão entre os teóricos.

Abraço
Ailton

Helen De Rose disse...

Adorei seu blog, virei seguidora para ler mais. Abraço fraterno.

Wellington Cabello disse...

Poema que fiz para hesse:
Sou apenas um lobo solitário uivando o blues nas noites mais frias e escuras da minh'alma...

Anônimo disse...

Alguns anos depois, encontro essa postagem.

Magnífico!

Celebro à Vida! Celebro a Hesse!

Pela humanidade mais forte e esclarecida!

PORTILHO disse...

"A felicidade é um sentimento simples, podemos encontrá-la e deixá-la ir por não percebê-la em sua simplicidade" - disse Bertrand Russel.Hermann Hesse cantou;" Pequenina borboleta azul no vento esvoaça:/num tremor de madrepérola/ flameja, reluz e psssa ..." Portilho - e-mail: atilho@hotmail.com.br - 30/06/2014

Ailton Rocha disse...

É fato, Portilho, o filósofo Russell e o poeta Hesse deixam-nos a mesma mensagem sobre simplicidade; no entanto, o poeta sempre encanta mais com a magia das comparações. Os versos do alemão-suiço são de extrema beleza. Discípulo dos antigos poetas chineses, Hesse aprendera com eles aquele tipo de sutileza aparentemente simples, mas que guardam segredos profundos sobre a vida. Hermann Hesse é um dos poucos escritores realmente sábios que já li, principalmente no romance lírico 'Sidarta' e nos contos 'Augusto', Íris' e 'A Encarnação Hindu'.

Um abraço.

Kiria Carvalho Rocha disse...

olá! sou uma apaixonada por alguns livros desse que se tornou um querido amigo de cabeceira... estava procurando um conto sobre uma borboleta de Madagascar que ele escreveu num livro que amo, "a arte dos ociosos", que deve conhecer... lá tem outros tantos lindos e emocionantes... aproveito pra sugerir que poste algo dele... parabéns pela iniciativa, nosso mestre merece!!!

Ailton Rocha disse...

Olá! Kiria. Obrigado pela visita. Conheço sim essa bela e tão variada coletânea "A Arte dos Ociosos" do mestre Hesse, repleta de ensaios, crônicas, textos de viagens, etc., enfim, páginas de deliciosa leitura. Na primeira oportunidade, posto aqui o texto sugerido, o da borboleta. Um Abraço.

HENRIQUE disse...

Parabéns pelo texto. Gostaria de sugerir que o senhor não utilizasse o termo "americano" para aquele povo, nem sequer norte-americanos como costuma fazer a imprensa porquanto os canadenses e mexicanos também o são. Que tal "estadunidenses"?