
Se, em horas noturnas, sentires o hálito
de brumas, diáfano e leve sobre o corpo,
saibas que sou eu que me faço presente.
Venho de longas distâncias, nas urzes do ar,
frágil luz ao sabor do vento e das dimensões,
alma alada adoecida de saudade dos olhos teus.
E aproximo, deito-me, abraçado juntinho a ti.
Desperta ! Venho trazendo um lírio do campo;
de azul é meu olhar nesta lágrima interrompida,
pois no riso, ah! neste riso que te trago, amor,
há a alegria em que sonhas o aroma da aurora.