sábado, 24 de novembro de 2012

Círculo em Espiral


Ainda é manhã. A neblina
cobre parte do caminho
na escarpa de urzes.

À medida que o sol se levanta,
dissipam-se as réstias da água
condensada pelo mistério da noite.

O que antes era só gesto na névoa,
ciranda do incogniscível,
bailado de corpo em sombra,
jogo de luz a esconder semblantes,
aos poucos toma contorno.

Todas as formas tomarão
o sentido da verdade
que há de nos emocionar, um dia,
pela compreensão dos planos divinos
no centro da espiral constante.


2 comentários:

Anônimo disse...

Num sopro ao vento, na conversa do mundo com uma pequena árvore, num ballet progressivo no espaço "rock", ouvindo este poema ao som natural, nos lábios do poeta, numa cafeteria cheia de fantasmas... cigarros... chocolates... e a contemplação da amizade.... Salve Rocha !
Uma espiral de sensações !
Abraços...

Edgard

Anônimo disse...

Legal cara gostei muito mesmo da sua poesia sou Wagner valeu hem !!!