“Não há nada no mundo que envelheça tão depressa como o benefício”.
Quando, na quinta centúria antes da Era Cristã, Aristóteles, o filósofo de Atenas, proferiu essa sentença, certamente estava a abarcar a Humanidade como um todo. Apoiava-se em seu vasto saber, a partir de longos anos observando as ulcerações sociais, comuns em todas as épocas, constatando que o homem, em sua totalidade, retribuía com a ingratidão o bem recebido. Talvez tivesse razão, se nos fosse dado analisar a sociedade humana somente através da ótica das imperfeições e fraquezas, o que não pode ser verdade, porque sempre há um lado que contém as virtudes, ainda que em diminutas proporções.
No mesmo período da história, quando na Civilização Helênica reinou a mente analítica de Aristóteles, também viveu, na Ásia, um príncipe hindu, que abandonou família e riquezas para buscar o sentido da existência. Siddharta Gautama, o Buddha, Avatar do posterior Budismo, repetiu, no decorrer de sua vida muitas vezes a seguinte frase:
“Do charco nasce a flor-de-lótus”.
Sim, no lamaçal das intempéries humanas, na caótica desigualdade social, desde imemoráveis eras, viveram homens frágeis, indivíduos de personalidade esfacelada pelas injustiças, que nunca puderam recorrer ao amparo da riqueza, que não tiveram as oportunidades de se elevarem espiritualmente. A eles sempre restou a ingratidão por força de conviver com a desconfiança adquirida na velada escravatura da exploração do irmão pelo irmão.
Entretanto, em todos os períodos da história humana, em que a humanidade vive às vésperas do caos, surgem indivíduos que, emergindo mesmo da confusa época em que vivem, transcendem-na, demonstrando uma presença marcante em iluminação, imbatíveis na defesa da virtude e da consciência moral, atuando e contribuindo para a evolução espiritual dos irmãos em trevas. Não são muitos, é bem verdade, aqueles que compreendem a iluminação e tentam seguir um novo caminho. Mesmo assim, poucos que são, já conseguem alterar o ânimo do mundo.
A Aristóteles só podemos dar uma metade da razão. Não creio que o benefício seja totalmente esquecido, porque nem tudo pode ser perdido no coração dos homens.
Do charco sempre há de nascer uma flor-de-lótus, essa planta sagrada da renovação humana.
Quando, na quinta centúria antes da Era Cristã, Aristóteles, o filósofo de Atenas, proferiu essa sentença, certamente estava a abarcar a Humanidade como um todo. Apoiava-se em seu vasto saber, a partir de longos anos observando as ulcerações sociais, comuns em todas as épocas, constatando que o homem, em sua totalidade, retribuía com a ingratidão o bem recebido. Talvez tivesse razão, se nos fosse dado analisar a sociedade humana somente através da ótica das imperfeições e fraquezas, o que não pode ser verdade, porque sempre há um lado que contém as virtudes, ainda que em diminutas proporções.
No mesmo período da história, quando na Civilização Helênica reinou a mente analítica de Aristóteles, também viveu, na Ásia, um príncipe hindu, que abandonou família e riquezas para buscar o sentido da existência. Siddharta Gautama, o Buddha, Avatar do posterior Budismo, repetiu, no decorrer de sua vida muitas vezes a seguinte frase:
“Do charco nasce a flor-de-lótus”.
Sim, no lamaçal das intempéries humanas, na caótica desigualdade social, desde imemoráveis eras, viveram homens frágeis, indivíduos de personalidade esfacelada pelas injustiças, que nunca puderam recorrer ao amparo da riqueza, que não tiveram as oportunidades de se elevarem espiritualmente. A eles sempre restou a ingratidão por força de conviver com a desconfiança adquirida na velada escravatura da exploração do irmão pelo irmão.
Entretanto, em todos os períodos da história humana, em que a humanidade vive às vésperas do caos, surgem indivíduos que, emergindo mesmo da confusa época em que vivem, transcendem-na, demonstrando uma presença marcante em iluminação, imbatíveis na defesa da virtude e da consciência moral, atuando e contribuindo para a evolução espiritual dos irmãos em trevas. Não são muitos, é bem verdade, aqueles que compreendem a iluminação e tentam seguir um novo caminho. Mesmo assim, poucos que são, já conseguem alterar o ânimo do mundo.
A Aristóteles só podemos dar uma metade da razão. Não creio que o benefício seja totalmente esquecido, porque nem tudo pode ser perdido no coração dos homens.
Do charco sempre há de nascer uma flor-de-lótus, essa planta sagrada da renovação humana.
(em "Sobre a Cinza e o Fogo: Pequenas Reflexões")
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